segunda-feira, 26 de julho de 2010

Odisséia - Homero

Odisséia é um dos grandes poemas épicos de Homero e relata a trajetória do herói Ulisses (também chamado de Odisseu) de volta à sua terra natal, Ítaca, após combater durante árduos anos na guerra de Tróia. O regresso para casa não será tão rápido, já que Ulisses terá de enfrentar os perigos do mar e a fúria dos deuses gregos, o que lhe custará muita estratégia e a vida de seus companheiros. Como se não bastasse, sua esposa Penélope, angustiada e quase sem esperanças de que o marido retorne após tantos anos de ausência, pretende se casar novamente. Enquanto Ulisses está no mar, a caminho de casa, há uma horda de pretendentes interessados em sua esposa, todos eles vivendo em seu palácio e usufruindo seus bens sem piedade. Seu filho Telêmaco, vivendo no palácio com a mãe, não suporta mais esta situação e sai em busca do pai desaparecido.

A saga do herói é composta por 24 cantos, traduzidos diretamente do grego. A narrativa oscila entre o romance, o fantástico e o natural, mostrando que o destino de um homem pode ser governado tanto por si mesmo como também pelos deuses, que se apresentam instáveis: ora auxiliam o herói, ora o querem destruir. Acima de tudo, Ulisses demonstra (além de coragem e força física) que suas ações são movidas pela honra. Uma epopéia rica em aventuras e pontuada com humor do começo ao fim.

Trecho do livro:

Posidão, que o solo estremece, ergueu, emborcado, um vagalhão enorme, terrível e medonho, e arrojou-o sobre Odisseu. Tal como o vento impetuoso agita um montão de palhas secas e as dispersa em todos os sentidos, assim espalhou a vaga os longos fustes da jangada. Odisseu, porém,  escanchou-se num dos troncos, como se montasse um cavalo de sela, despiu as roupas que a divina Calipso lhe ministrara e de contínuo abriu o véu sob o peito, atirou-se de bruços na água, de braços estendidos, pronto para nadar. O poderoso deus que o solo estremece viu-o, meneou a cabeça e disse a seu coração:

- Vagueia assim pelo mar agora, após tantos reveses, até chegares a um povo descendente de Zeus. Mas nem assim, espero, virás a rir de teus males.

Autor: Homero
Tradução (em prosa moderna) de Jaime Bruna
Editora Cultrix
289 páginas

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